caiu um cisco aqui

quando conhecemos os meninos os dois eram como pedras: caíam, rolavam no chão e... nada! abriam um sorrisão, sacode e levanta, não foi nada.

engraçado como agora, estando mais próximos, eles aproveitam pra fazer manhas e ganhar carinho.
continuam levantando com um sorrisão tipo "tudo sob controle", mas vez ou outra não.

a primeira vez foi do mais velho fazendo tarefa de casa; hoje já tiramos de letra e entendemos o recado. abraço, bem forte, pra acalmar os corações mais assustados com contas de dividir e proparoxítonas.
depois foi a vez do pequeno: um tombo histórico de bunda na praça. tadinho, depois de chorar por umas duas horas seguidas (pro meu desespero), andou torto uma semana. 

agora é mais pontual, quando rola uma crisezinha de ciúmes, batata! corre lágrimas e dá-lhe pai pra acudir. 
ontem chorei junto. e o pior é que sabia que era só manha, no duro. o pequeno encheu os olhos d'água na cama, na hora de dormir, dizendo estar com uma dor no pé pois bateu no final de semana. eu sabia, no fundo, que era só sono mesmo: ele chega da escolinha exausto e ama dormir. mas não aguentei: acompanhei cada movimento de bochecha, lábio e olhos formando cada gotinha. tratei de apagar a luz logo e chorar junto.
mas não foi choro de preocupação pelo filhote, foi de alegria mesmo. esses choros deles nada mais é que um recado, tímido, tipo "estou à vontade, em família". 

aí o pai não aguenta né?


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