Voltamos à EMEI Francisco Manoel da Silva
para nosso segundo encontro do Meu Projeto de Adoção! A ideia é muito legal
pois organiza um grupo que segue abordando as temáticas relativas à adoção, mês
a mês. Aos poucos vamos conhecendo e construindo laços com a história do outro;
engraçado como ficamos ansiosos e torcendo pelo processo do outro, esperando o
próximo encontro pra saber como foram as entrevistas, se têm novidades, etc.
A primeira reunião foi basicamente uma
apresentação e foi iniciado o primeiro assunto: a decisão de ser pai e mãe. No
ultimo sábado, 19/03/2016, a reunião
começou abordando um pouco da diferença entre a filiação biológica e adotiva.
Todos os presentes explanaram um pouco sobre toda a preparação que os
pretendentes à adoção fazem por meses e muitas vezes anos. Há pais biológicos
que também se preparam e organizam suas vidas para receberam à criança, mas
infelizmente têm também os que não o fazem.
Para os casos de adoção essa preparação tem
importância imensa, já que não se sabe ao certo o que vamos encontrar pela
frente. O outro tema abordado no grupo foi em relação ao perfil da criança
pretendida; todavia essa escolha apenas baliza a procura, não define
efetivamente o perfil. É preciso muita informação, discernimento, conversas e
muita curiosidade. Livros, filmes e muita cumplicidade com o companheiro (se
houver) e/ou com a família extensa são cruciais para um amadurecimento saudável
durante esse período.
Quando tivemos a nossa primeira entrevista no
Fórum junto à assistente social nos foi proposto o preenchimento da tal ficha.
Já tínhamos alinhado muito do que buscávamos: quantidade de crianças, idade,
raça, possibilidade de irmãos. Mas tem pontos delicados que paramos pra pensar
só quando fomos botados à prova. Doenças e traumas são delicados. É normal num
primeiro momento sentir medo de assinalar a aceitação de crianças com doenças
ou traumas ou com alto potencial de desenvolvimento disso; precisamos, todavia,
de in-for-ma-ção. A escolha foi nossa: nenhum dos itens vamos assinalar (ou
não) sem estudar e nos informarmos sobre o tema. Buscamos em livros e filmes
saber um pouco da vida e da rotina de famílias com crianças com cada uma dessas
características. Buscamos a mente tranquila na hora de preencher o perfil da
criança afinal, tão normal quanto o medo inicial, é o sentimento de culpa ao
assinalar que não aceita uma criança com HIV, por exemplo. Posso dizer que
nossa estratégia deu muito certo: além de conhecer mais sobre traumas,
deficiências e históricos de adaptação, ajudou a evitar a idealização da
criança, muito comum nesse período já que há um preparo e uma espera tão longa.
Um choque de realidade necessário para evitar decisões precipitadas e traumas
ainda maiores para a criança e para o(s) adotante(s).
Confesso que já estamos ansiosos pro próximo
encontro, dessa vez antes do previsto: em 15 dias! Dia 02/04 devemos abordar o
terceiro tema do MPA: “A passagem da(s) criança(s) do abrigo à sua nova
família. A participação da família extensa, da escola e dos amigos”.
Até lá!
A quem deseja mais informações a respeito do
Grupo de Apoio que estamos participando, segue o contato abaixo:
Projeto
Acolher
Blog: http://projetoacolher.blogspot.com.br/
E-mail: projetoacolher@gmail.com
Telefone: (11) 2577-0238
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