Ainda sobre os temas que devemos pensar a
respeito e discutir com parceiro e/ou família extensa a respeito, o site Adoção
Segura elaborou uma lista muito boa, levanto também em consideração temas
discutidos no livro da Hália Jótah, “Adoção – exercício da fertilidade afetiva”:
1-Dificuldades
percebidas nas crianças:
Ø
Consciência e memória do passado;
Ø
Marcas evidentes da vida já vivida;
Ø
Provocação para testagem – “Vou voltar para o abrigo” ou ”Você
não é minha mãe”.
Ø
Possibilidade de ter sido devolvida;
Ø
Agitação, nervosismo;
Ø
Indefesa;
Ø
Vulnerável;
Ø
Instabilidade emocional;
Ø
Rupturas afetivas;
Ø
Grande carência;
Ø
Dor por não estar na família de origem;
Ø
Sentir-se rejeitado;
Ø
Dificuldade de adaptação escolar;
Ø
Vocabulário fraco e errôneo;
Ø
Solidão e isolamento;
Ø
Não tem apego a pessoas e seus pertences;
2-Sobre o passado da
criança:
Ø
Frustração e revolta;
Ø
Traumas e medo;
Ø
Desconhecimento de afeto não amou e não foi amado;
Ø
Baixa autoestima;
Ø
Perda da infância na Instituição;
Ø
Falta de estímulos educativos;
Ø
Passado triste não impede nova adaptação;
3-Nos primeiros
contatos percebe-se:
Ø
Carência afetiva;
Ø
Frustração pelo abandono;
Ø
Insegurança e ansiedade;
Ø
Diferentes hábitos e valores;
Ø
Não sabe o que é família (pois nunca teve família real );
Ø
Esforço para agradar;
Ø
Esforço para se identificar;
Ø
Não sabe como reagir aos estímulos positivos;
Ø
Gestual de defesa;
Ø
Sentimento de menor valia;
Ø
Baixa autoestima;
Ø
Necessidade de maternagem (colo…);
Ø
Conservação dos hábitos do abrigo;
Ø
Esforço e desejo de integração;
4-Reação da família
extensa (avós, tios, primos)
Ø
Preocupação com os pais da criança;
Ø
Vê o filho adotivo como um intruso;
Ø
Vocês são corajosos!;
Ø
Medo da saúde: “é doente?”;
Ø
Será que tem “boa cabeça?”;
Ø
Preocupação com a herança da família adotante (bens
materiais);
Ø
Espanto pela adoção de “criança tão grande!”;
Ø
Naturalidade;
Ø
Aceitação total;
Ø
“Apaixonamento posterior”;
Ø
Desejo de ajudar na integração;
Ø
Esquecimento que a criança foi adotada (aceitação);
5-Emoções da criança
em relação ao abrigo:
Ø
Saudade das pessoas da instituição;
Ø
Manifesta desejo de retornar à instituição (para provocar);
Ø
Desejo de rever os amiguinhos;
Ø
Sente receio de voltar para a Instituição;
6-Em relação ao
passado quando a criança comenta alguns fatos, os pais devem:
Ø
Ouvir atentamente, deixar falar;
Ø
Dar suporte emocional;
Ø
Demonstrar compreensão e afeto;
7-Necessidade da
ajuda de um psicólogo:
Ø
Depende de cada criança;
Ø
Depende da idade e da vida pregressa;
Ø
Sim – pais não sabem interpretar os sinais apresentados
pelo filho;
Ø
Sim – para ajudar a criança e os pais;
Ø
Sim: para melhor entender o filho;
Ø
Sim – para ajudar enfrentar preconceito;
8-Papel dos pais:
Ø
Cativar e conquistar;
Ø
Estar disponível afetiva, emocional e temporalmente;
Ø
Demonstrar aceitação;
Ø
Se esforçar para compreender o filho;
Ø
Ajudar na reconstrução de sua vida;
Ø
Não demonstrar estresse;
Ø
Evitar tensões;
Ø
Controlar a ansiedade e insegurança pessoal;
Ø
Ter serenidade;
Ø
Mostrar, aos poucos, as regras da casa;
Ø
Pensar no que e como fala;
Ø
Trocar a importância da genética pelo amor;
Ø
Respeitar as reações da criança;
Ø
Lembrar que a criança já tem sua personalidade;
Ø
Relacionamento se constrói na convivência diária;
Ø
Não passar problemas pessoais para o filho;
Ø
Não se preocupar com a aparência (não correr para o
“cabeleireiro”);
Ø
Aceitar as particularidades do filho;
Ø
Dar limites claros e aos poucos;
Ø
Ser paciente;
Ø
Prestar atenção no histórico do filho;
Ø
Lembrar que, por debaixo de uma aparência insegura existe o
desejo da criança de ser apreciada e amada;
9-Mudanças que
ocorrem nas crianças com a convivência familiar:
Ø
Eleva a autoestima;
Ø
Desejo de mudar sua biografia;
Ø
Inaugura um novo nascimento;
Ø
Melhora no vocabulário geral;
Ø
Melhora a saúde física e mental;
Ø
Resgate da capacidade de amar;
Ø
Capacidade afetiva reestruturada (confia, demonstra
sentimentos);
Ø
Exercita novos direitos;
Ø
Gratidão;
Ø
Aprendem a escolher e pedir;
Ø
Aprendem a se vestir com bom gosto;
Ø
Melhora o humor;
Ø
Aumenta o peso;
Ø
Demonstra medo de voltar para a Instituição;
Ø
Melhora o aspecto físico;
Ø
Assimila os comportamentos da família;
Ø
Integração no seio familiar;
Ø
O amor cicatriza feridas…
Ø
Olhos brilham…
Ø
Sorriem mais…
Fonte: http://adocaosegura.com.br/adocao-de-criancas-maiores/
(Acesso em 04/03/2016).
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