calendário da licença



pouco antes de entrar em licença fiz um planejamento mental. poxa, seis meses é bastante tempo!
tudo bem que estava pra adotar duas crianças, tinha todo o lance de adaptação e tal; mas ainda assim, são cento e oitenta dias. dá pra cuidar dos meninos, da vida e até descansar um pouquinho. 

o que pensei foi: preciso dividir isso em três etapas:

>>> ADAPTAÇÃO: compreendida nos primeiros trinta dias, encarei como um mês sem muito planejamento mas com muitas tarefas. sem datas muito definidas, elenquei algumas "tarefas meta" pra me ajudar na organização tipo: compra de roupas, toalhas, roupas de cama, inclusão deles no plano de saúde, agendamento de uma pediatra, carteirinha do sesc, apresentação à família e amigos, etc. 
nota 01: NÃO COMPRE BRINQUEDOS! eles ganham muita coisa; quase todo mundo que visita presenteia. espera passar esses primeiros meses, depois mima o filhote com brinquedinhos.

>>> ROTINA: é a fase mais difícil, com certeza. passados os primeiros trinta dias, é preciso estabelecer regras e uma rotina da casa e do dia a dia. alguns mimos ajudam muito: quadro de avisos com programação da semana, calendário, relógio. eles viviam numa bolha no abrigo, não tinham a menor noção de tempo. além disso é preciso definir direitinho horas fixas pras refeições e acordar (ao menos nos dias de semana), estudos, lazer livre, etc. confesso que achei que seria bem mais difícil; foi até fácil. mas tenha em mente: essa é a fase que é (ou pode ser) mais complicada!!!

>>> FUTURO: passados quatro meses de muita ralação até que a engrenagem da nova casa ande direitinho, é preciso pensar em futuro. principalmente no meu! preciso voltar a trabalhar, ter minha rotina profissional. pra isso, nesses dois últimos meses, aderi a uma rotina que reserva de duas a quatro horas livres, pra mim (e sozinho). uso esse tempo pra organizar a rotina para quando eu não estiver em casa o tempo todo à disposição deles, estudar, praticar inglês, escrever no blog, passear, ler um livro inteirinho numa cafeteria cool da cidade (ok, esse ainda não fiz, mas sonho em realizar até maio!). esse tipo de coisa que lembra que a gente tem vida fora da porta de casa. 

tão importante quanto cuidar dos filhos é estarmos bem, felizes.



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