hoje
o mais velho quis assistir um filme com a gente.
confesso
que cochilei, não por conta do filme mas porque almoço de domingo pede.
tradição é tradição. mas entre um fechar de olhos e uma leve despertada o que
eu via me deixou arrepiado, de verdade. ainda mais pra ele ver, que por um
certo tempo teve um destino totalmente incerto na vida, que quando nos conheceu
mal sabia o que eram sonhos, desafios, planos de vida. o filme, Zootopia, passa uma
mensagem importantíssima de esperança - você pode ser o que você quiser.
questiona todos os padrões de caça e caçador da natureza e seus papéis no dia a
dia.
achei
incrível e super encaixado com o que eu andava precisando falar com eles.
engraçado
isso, mas talvez por conta da nossa pequena diferença de idade - 17 anos - vez
ou outra nos pegamos conversando com ele como de adulto pra adulto. esses dias
foi sobre corpo humano: masculino e feminino, uma pincelada sobre gênero,
identidade e sexo. conversa necessária quando surgem os primeiros pêlos no
corpo (meu Deus, meu filho tá entrando na puberdade!).
em
paralelo, o pequeno andava com uma mania (provavelmente por ouvir esse mimimi
na creche, algo assim) de falar que tal coisa ou tal cor ou tal qualquer coisa
era de menino ou de menina.
resultado:
pra eles entenderem direitinho que qualquer um pode ser o que quiser joguei um
bando de referências poderosíssimas. a começar pelo charme de Pablo Vittar, o
estouro do Linn da Quebrada passando pela alegria de Liniker e seu cabelo
brasileiríssimo e assumidíssimo, um pouco do ritmo envolvente das baianas e a
cozinha mineira até chegar no Emicida que passou por cima de um bando de
dificuldades na infância e criou uma teia - música, moda, arte - tudo pensando
em trazer à tona e dar oportunidades a um monte de profissionais cheios de
talento escondidos na névoa que paira nas quebradas.
ainda
mais em tempos de escola que fomenta essa maluquice (pra não dizer falta de
educação, de berço, que dinheiro algum conquista) em fazer brincadeirinhas com
profissões, como se houvesse as mais e as menos importantes.
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