(foto de 2015. tipo um #tbt com clique do incrível Diogo Martins)
o fato de serem dois pais, um dia, foi uma questão.
um dia não: por uns minutos.
confesso que é natural nos preocuparmos com isso. tínhamos pouco receio em relação aos meninos: já tínhamos contato com outras crianças e sabíamos que, pra maioria delas, "e daí?". levam numa boa; quando não, é por conta de visões preconceituosas em casa, certamente. mas enfim, não tínhamos problemas em relação ao que os meninos pensariam. afinal, eles mal nos conheciam nos primeiros dias. teríamos tempo o bastante para mostrar a eles que a única diferença é sermos dois homens. de resto: a mesma casa cheia de regras, gostosuras e carinhos.
nossa preocupação era em relação aos outros. sinceramente: sem o menor sentido. nunca sofremos qualquer tipo de preconceito que justificasse esse pé atrás - seja no trabalho ou na rua.
como seria na escola ou entre os amigos pra eles dizerem que são filhos de dois pais?
e foi uma questão só pros dois pais, que fique claro. como era de se esperar, nenhum problema com isso. aliás, mais que isso: muita curiosidade. no início do ano fizemos uma festa de aniversário pro mais velho. vieram todos os amiguinhos da sala (e até alguns pais) - estavam curiosos, apenas.
a paternidade tem dessas.
um bando de coisas que a gente quebra a cabeça tentando "resolver" sendo que nem mesmo um problema de fato é. coisa de primeira viagem. jajá os dois aqui crescem, voam e a gente encara tudo de novo, certeza. aí acho que vamos perder menos tempo quebrando a cabeça à toa.
em tempo: provando que os meninos têm diversos problemas em ter uma família - digamos - diferente, olha essa que aconteceu ontem.
- paizinho, quem é a Mônica?- Mônica é a amiguinha do Cebolinha, Cascão, Magali. Ah, e tem um cachorro também. Não lembro o nome dele.- um azul, papaizinho?- isso, filho, esse mesmo! e você, tem um cachorro?- não, pai. mas tenho gente!- como assim?- (envergonhado) tenho você, o papai Luciano e o Allinho!💕
Comentários
Postar um comentário