simplesmente me abrace

tem o jeito mais fácil, e tem o jeito a gente julga ser o melhor.
sim: mais fácil. porque por mais fácil que seja, é SEMPRE difícil. 

tem dias que acordo me sentindo um pai super experiente. minutos depois me vejo desolado com algo que aconteceu (que provavelmente dali a meia hora vou olhar pra trás e mal vou entender o porque da crise), acontece. 
normal.

estamos o tempo todo em formação, dia após dia. se é assim na escola, no trabalho, imagine na criação de filhos - pessoas. 
gerações são normalmente separadas com imensos vales. isso fruto de tudo o que se viveu, o que se aprendeu, etc. mas aí que está o desafio: quanto mais profundos os vales, mais desafiadoras e fortes têm de ser as pontes. 



e posso falar? acredito muito que a gente cria essa tal ponte nas horas que a gente menos espera. 
nada mais precioso (e perturbador) que perceber que a criação dos filhos acontece o tempo todo. é como um reality show em que os seus expectadores - seus filhos - te assistem o tempo todo. e tal qual na "vida real", não apenas te assistem, prestam muita atenção, em cada detalhe. 

o importante é ter a mente tranquila de que fazemos e dizemos o que é preciso, na hora certa. 
até com filhos, timing é tudo! 

pois bem, fico mais "tranquilo" de um jeito que julgo melhor, que bem longe está do jeito mais fácil. gasto horas e horas estudando junto, prestando atenção nas brincadeiras, testando autonomia, pegando no pé e dando broncas sempre que preciso. e é muita coisa, mesmo. 
humanos que somos, vez ou outra desanimamos. parece que o trabalho não acaba, como se não visse resultado. em tempo: o trabalho de fato não acaba. agora os resultados, aí não dá pra concordar (comigo mesmo).

mas aí o mundo se encarrega de responder pra gente, rapidinho. 
hoje fui resolver umas coisas numa loja. estava voltando pra casa quando parei numa vitrine, e começou a tocar essa música. :)






Comentários