Semana passada me deparei com um relato emocionante.
Parece muito simples a pergunta, mas quando se tem filhos - vidas que dependem dos seus braços e abraços - a história complica bem:
qual o seu sonho?
Acredito que seja bem comum e vez ou outra sentirmos que não estamos dando conta. É muita demanda mesmo, é exaustivo.
Não foi uma nem duas, foram diversas as vezes que cheguei no final da tarde, tipo 19h quando terminei aquela sequência de busca da escola, dá banho, prepara o jantar, come, lava a louça, ufa - acho que não dou conta, não dá pra conciliar qualquer coisa com a paternidade, chega!
Uma maratona que só quem corre sabe do preparo que é preciso.
Mas tá aí a internet, que traz pros meus olhos um relato de outro lugar, outro contexto mas que se encaixa tanto. E é tão bom saber de outros que passam por isso: pra dar as mãos, pra tentar encontrar a saída juntos.
Veja abaixo o relato da Lua Fonseca (aliás que família incível, pesquise também o Pedrinho Fonseca, por favor):
luabfonseca
Durante muito tempo (até ontem, na verdade), sempre que alguém me perguntava quais eram meus sonhos, eu respondia algo diretamente relacionando aos meus filhos. Era difícil pensar naquilo que era só meu, mesmo que fosse um sonho. Eu fechava os olhos e logo me vinha à cabeça cenas deles grandes, felizes, realizados, saudáveis. Não havia dissociação entre a minha pessoa e a deles e isso não me causava sofrimento ou angústias. Era algo absolutamente natural pensar assim. Mas aí, veio o quarto filho. Mais uma gestação, mais um mergulho para dentro. E nessa de mergulhar e me olhar com muita verdade, eu percebi que era hora de me resgatar. A urgência em voltar meu olhar para as minhas necessidades veio junto com Joaquim. Ou eu me colocava em primeiro lugar ou eu afundaria. Era preciso diminuir a culpa, abraçar meus sonhos e trilhar meu caminho para além dos meus filhos. E mesmo diante de 4 crianças e o cenário de caos que isso pode trazer, eu comecei a me movimentar, comecei a abrir mão de estar.Para mães mais apegadas (oi, tudo bem?) encontrar algo que faça os olhos brilharem tanto quanto ver filho criado é difícil, mas eu precisava deixar ir esse sentimento de que eu seria sempre o que meus filhos precisam. Não serei. Mas desejo ser o lugar, o colo para onde meus filhos desejem sempre voltar.
Tive um começo de ano turbulento e cheio de repouso.
Bom pra botar os pensamentos nos trilhos e organizar as ideias. Aproveitei bastante esse tempo e pensei muito sobre sonho - o MEU sonho.
Ótimo exercício.
E o seu, qual é?
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