mês da visibilidade e do orgulho LGBT

qualquer assunto que seja tratado às claras tira do entorno a possibilidade de fofocas e , digamos, criações populares. 
isso vale em muitos contextos e, porque não, em relação à orientação sexual também. 

ao contrário do que previu a minha mãe lá nos idos dos anos 2.000 quando descobriu que o filhinho não iria se casar com uma menina, nunca tive qualquer problema no âmbito profissional em relação a isso. mais ainda: considero a minha evolução e reconhecimento profissional também fruto de um reconhecimento pela coragem e pelo posicionamento, firme, em relação a isso. nunca deixei qualquer margem para questionamento. 

nessa linha, em outro contexto, a escola onde o Allan estuda tem uma política semelhante. todos lembramos dos tempos de escola: era sair qualquer nota ou boletim e a turma virava o maior bochicho. para se evitar essa pressão e até frustração dos alunos e, ainda, formar um ambiente colaborativo em que um aluno sabe e pode se colocar à disposição para ajudar no caso de dificuldades, a escola simplesmente escancara as notas, de todos os alunos da sala para todos os alunos da sala. a informação é gerencial: tão somente quem precisa saber - os alunos - recebem esse boletim. desse modo é mitigada a fofoca e dá espaço ainda para uma força coletiva, uma inteligência do grupo em promover ajustes e grupo de estudos focados em função da necessidade. 

ambos exemplos trazem o quando a transparência é importante.
e sabe onde se aprende isso? 
em casa! 

assumir - o que quer que seja - é um ato político. e a questão deve, sempre, ser abraçada, a começar com o âmbito familiar. 

é inaceitável que a resistência (que facilmente transforma-se em violência, depressão) comece em casa. e sabemos o quão frequente e real é este problema. 





por um ambiente de conversa ampla e de respeito entre as partes na qual cada pessoa da família reconheça, respeite e assuma a questão do outro. essa é a lealdade que espero dos meus, a começar pelos que dividem a rotina. 

que as ações que coloriram os dias desse mês da diversidade ecoem o resto do ano. 

nós, que vivemos em cidade grande onde a questão LGBT é vista com um apoio muito maior temos quase que um dever, uma função social, em relação a isso. assumir, levantar bandeira. até que aquele que carrega em si preconceitos e violência enxergue a estupidez do posicionamento, sinta-se ignorante e reflita a respeito. 



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