Reflexão 03/09


No sábado voltamos ao Projeto Acolher, dessa vez um pouco mais cedo que o usual. Dias antes recebemos um e-mail das fundadoras do Projeto nos convidando para sermos voluntários! Ficamos mega felizes com a lembrança; desde que entramos nesse universo da Adoção temos lido, conversado, assistido. É muita pesquisa pra ficar só na nossa cabeça; agora teremos a chance de expor um pouco mais tudo isso e ainda ajudarmos o projeto de diversas formas: divulgação em geral, organização de eventos e até dar pitacos quanto ao formato das reuniões, etc. Estamos bem contentes com o novo desafio!

Bom, logo depois participamos da nossa primeira reunião no chamado grupo Reflexão. Pra entender um pouco como se organiza o trabalho do Acolher; é mais ou menos assim:

§ Acolhimento: a primeira participação no grupo; é basicamente uma apresentação dos interessados e um nivelamento quanto aos esquema das reuniões do Acolher e nivelamento dos processos e assuntos que serão abordados.
§ Meu Projeto de Adoção: com vagas abertas semestralmente, esse grupo é formado por participantes fixos que se encontram durante seis meses para discutirem pautas pré determinadas, que passam pelos principais temas que envolvem o tema da Adoção no Brasil, a saber:
                       i.        a decisão de ser pai e mãe e o Projeto de Adoção.
                      ii.        o perfil da criança pretendida: desejos e possibilidades.
                      iii.        a passagem da(s) criança(s) do abrigo à sua nova família. A participação da família extensa, da escola e dos amigos.
                     iv.        contar para a(s) sua(s) criança(s) sua história pré-adotiva. Escutar da criança a sua história.
                      v.        palestra (temas/programação a ser definida).
                     vi.        o que faltou conversar? Fechamento do MPA – Meu Projeto de Adoção.
§ Reflexão: formado tanto por candidatos à Adoção (em entrevistas ou já habilitados) e pessoas que já estão com seus filhos. Nesse grupo os temas não são tão pré-definidos, vai variando conforme as necessidades e anseios apontados pelo grupo. Tem como principal característica trazer à tona desafios quanto à educação, ansiedades e até controle emocional / psicológico, tão importantes em todas as etapas do processo.

Na reunião do dia 03/09/2016 abordamos um tema que parecia ter sido escolhido pra que eu ouvisse: a importância dos adotantes em aceitarem que vez ou outra precisam pedir ajuda à outras pessoas e até a profissionais (médicos, terapeutas, familiares, etc) e que nem sempre é possível fazer o papel de super herói e resolver todos os problemas do mundo sozinho. É bem comum esse problema tanto em casos de filiação biológica como em adotiva; a principal diferença é que a cobrança (de si mesmo e a que sentimos nas entrelinhas vinda dos outros) é potencializada pelo fato de “escolhi adotar, tenho que segurar essa barra”.
Problemas acontecem em todas as famílias em todas as etapas. Seja adotiva, biológica, heterossexual ou homoafetiva, grande ou pequena. É normal também vez ou outra não darmos conta e precisarmos levantar o braço e pedir apoio. Pode ser um ombro, umas horas de ouvidos numa conversa ou até sessões de terapia. Às vezes duas horinhas no cinema já resolvem o problema: nos colocam em contato com outra realidade, vivenciamos novos problemas e saímos renovados.
Além desse bate papo todo, tivemos o prazer de conhecer o filho de uma amiga nossa, que participou do MPA com a gente. É a primeira a ganhar o filho do nosso grupo, Lalo virou nosso xodó! Foram meses ouvindo histórias sobre ele e criando uma imagem em nossa mente. Foi muito bom ver o sorriso estampado no rosto dos dois: mãe e filho!

Espero em breve ter novidades pra contar do nosso processo também! Ate já!!

A quem deseja mais informações a respeito do Grupo de Apoio que estamos participando, segue o contato abaixo:

Projeto Acolher

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