sobre ser humano


educação é um troço complicado. de verdade!

primeiro que um bando de gente quer dar pitaco. e a maioria não sabe nem a metade da reza e já vem metendo o bedelho. achei ótimo o tal do sarahah: quer coisa melhor que um lugar pra te encherem de conselhos e você acessar quando e se quiser? maravilhoso!
e ainda tem, aqui, o fato da diferença grande de idade. as vontades são bem diferentes, assim como as birras, carinhos, etc. mas vamos lá! 

entendo a importância da escola nesse sentido como algo único: lá, além de longe dos pais, são obrigados dia a dia a desenvolverem atividades em grupo, ensaiarem conflitos e relacionamentos. por mais que os pais trabalhem esses conceitos em casa, nada melhor que o mundo lá fora. longe da visão (bizarra) de muitos pais por aí que superprotegem os filhos (e acabam virando verdadeiros ETs que não sabem se relacionar ou resolver problemas do dia a dia), penso que os conflitos são incríveis pro crescimento deles. ah, como faz falta isso nas férias. eles só ficam se achando verdadeiros reis porque não têm aquele da turma que ajuda a botar o menino na linha. com as devidas ressalvas, acho ótimo.

por outro lado, a escola também não resolve tudo. 
trabalhar doze horas por dia pra conseguir pagar escola integral, curso disso e daquilo. nada disso cumpre a parte do lar. no domingo fomos ao show do Emicida, e ele - pra variar - disse coisas incríveis. dentre elas, falou a respeito do nosso dom maior, o que devemos ser antes de qualquer coisa: antes de sermos médicos, engenheiros, artistas, professores. antes de tudo devemos ser: humanos. parece simples, idiota. mas nossa, basta olhar pros lados. é tão raro!

e isso eu entendo que é uma falha dentro de casa. 
bons modos, higiene, noções de civilidade, respeito. a escola pode até citar, mas se não tiver vivência em casa, não tem como cobrar isso da criança. 

respeito.
nossa, como a gente conversa sobre isso por aqui. quase todo dia. pra além das questões urgentes que vemos estampados em notícias sobre (falta de) respeito com mulheres, por divergências de religião, orientação sexual ou mesmo gênero, o respeito está também nas pequenas coisas. é estar atento ao outro, não invadir seu espaço nas tarefas mais banais. enfim. uma infinidade de situações em que podemos tirar proveito para ensinarmos os pequenos, ou os nem tão pequenos. brinco que depois que virei pai dos dois me transformei (mentalmente) no pai de um bando de gente. presto mais atenção em tudo que vejo por aí e trago o assunto pra dentro de casa. sem julgamentos ou coisa do gênero: pra aprendermos e melhorarmos sempre. 

dentro de casa a gente aprende a sermos humanos. lá fora a gente estuda, trabalha e se desenvolve pra sermos o que quisermos.


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